O setor atômico brasileiro andava tomado pela modorra, nos últimos anos, até uma saraivada de demissões na estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). De uma só vez, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, destituiu o presidente da empresa e mais três diretores.
Esses executivos eram remanescentes do tempo em que o PSB comandava a área científica --entre outros ministros, o partido teve na pasta o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Como ele hoje ensaia uma pré-candidatura à eleição presidencial de 2014, as demissões foram de pronto interpretadas como retaliação do Planalto a sua possível defecção da base de apoio ao governo.
Há mais razões por trás da medida drástica, porém. A INB não tem conseguido intensificar a produção de combustível nuclear para as usinas termelétricas de Angra dos Reis (RJ) no ritmo desejado pelo governo federal. Já se dá como certo que Angra 3 trabalhará com urânio enriquecido importado, quando o plano era alcançar a autossuficiência em 2014.
Leia mais (01/04/2013 - 03h30)
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